Da redação Palanque MT
Contrariando todas as pesquisas e expectativas, a vitória de Flavia Moretti em Várzea Grande, chamou atenção em Mato Grosso. Conversamos com o coordenador geral da campanha Celso Luíz Pereira e o marqueteiro Caíque Loureiro, para entender quais as estratégias que levaram a esse triunfo no município.
Segundo Loureiro, eleição não se ganha só no período eleitoral, e sim na composição do time que vai a campo. “Nesse quesito, o Tião da Zaeli foi genial, organizou um time que seria disruptivo e vitorioso” afirma Caíque. Já na eleição o grande desafio era levar o nome da Flávia para as regiões mais distantes do centro. Através das redes sociais foi possível colocar a Flávia no protagonismo de uma opção de mudança para uma parcela da população. Contudo, o desafio era maior, com horário eleitoral e inserções em TVs de baixa audiência, e rádio de menor alcance, a campanha precisava de estratégias de rua, mesmo tendo pouco tempo para percorrer uma cidade de mais de 300 mil habitantes. “Flávia reunia todos os predicados que a população desejava: honestidade, competência e independência; e um diferencial a mais, uma garra para enfrentar a campanha e percorrer toda cidade” , afirma o marqueteiro.
As estratégias adotadas foram pensadas de fora para dentro, ou seja, as ações vinham dos bairros para o centro da cidade. Foram elaborados materiais gráficos com conteúdos específicos e direcionados para cada uma das regiões de acordo com suas necessidades. Segundo Celso, o mapeamento das necessidades foi realizado através uma equipe de cabos eleitorais treinados, que visitaram mais de 10 mil residências, na ocasião eles dialogavam com os eleitores sobre problemas dos bairros e apresentavam a chapa formada por Flávia Moretti e Tião da Zaeli através de uma revista que mostrava as principais propostas. Todos os dados alimentavam um sistema central da campanha. “Dessa maneira foi possível traçar o perfil de cada bairro, e principalmente apresentar a Flávia para milhares de moradores. Um trabalho de formiguinha, mas que surte um efeito avassalador” destaca Celso. O trabalho analítico desses dados, subsidiou com que o marketing decide-se e escolhesse quais ações, quando e como deveriam ser executadas.
Caíque Loureiro salienta que a campanha precisava mostrar volume e levar Flávia para as áreas mais periféricas. Para isso foram realizadas várias carreatas que adentravam as ruas dos bairros levando a candidata e o vice para um contato mais próximo do povo, ao todo foram percorridos mais de 110 km. “A receptividade dos moradores durante a passagem da comitiva 22, evidenciava a formação de uma onda de mudança, que seria incontrolável pelos seus concorrentes” afirma Caíque.
Celso descreve ainda a importância de ter montado uma central de relacionamento digital no comitê. Através do WhatsApp da Flávia foi possível interagir com eleitores, compartilhar material de campanha, jingles. E para Celso a cereja do bolo foi o Gabinete Itinerante 22 que levava a campanha para os bairros, uma espécie de comitê itinerante que estacionava em praças com cabos eleitorais que distribuíam material gráfico e dialogavam com os moradores bairros.
Paralelo a isso, o marqueteiro afirma também a importância da assessoria de imprensa comandada pelos jornalistas Ana Karla e Edy Hilário, e dos horários eleitorais, estes eram roteirizados pela cineasta Caroline Araujo e produzidos pela equipe da produtora várzea-grandense Moove Filmes, liderada por Marcio Nunes, de forma, simples, mais próxima da realidade de muitos cidadãos e sem a maquiagem publicitária que o principal concorrente tinha. A conquista cristaliza que mais importante que ter a maior verba eleitoral entre os concorrentes, é conhecer o DNA da sua campanha para extrair o melhor resultado”, pontua Caíque Loureiro.
