g1 MT
Mato Grosso registrou três focos de raiva animal neste mês, segundo o Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea). Os casos ocorreram em três municípios da baixada cuiabana: Jangada, Nossa Senhora do Livramento e Planalto da Serra.
De acordo com o Instituto, o combate à doença acontece com a vacinação de bovinos, bubalinos, caprinos, ovinos e equinos, além do controle da população de morcegos.
“Anualmente são registrados centenas de óbitos pela doença em animais de produção, gerando um impacto econômico e social elevado”, disse o médico veterinário e fiscal do Indea, Alisson Cericatto.
Em 2022, por exemplo, foram registrados 43 focos positivos em 41 municípios, sendo as principais espécies afetadas os bovinos e os equinos, com 35 e 8 focos, respectivamente.
O veterinário do instituto explica que a raiva não tem tratamento, sendo fatal uma vez iniciados os sinais clínicos. Ao contrário de animais de pequeno porte, como cães, a raiva em herbívoros se manifesta com sintomas de paralisia, queda, tremores, movimentos de pedalagem e dilatação da pupila.
A principal forma de prevenção é por meio da vacinação dos animais, evitando a ocorrência da doença.
“Em casos de sugadura por morcegos hematófagos, pode-se utilizar pasta vampiricida nos animais sugados. O produtor também deve comunicar ao Indea de seu município para programação de captura para controle da população”, orienta Alisson, para os casos onde a doença não tenha se manifestado.
Já nos casos em que forem identificados animais com os sinais clínicos da doença, o Indea deve ser comunicado imediatamente, e o animal não pode ser tocado ou manipulado, pois a raiva é transmitida também aos humanos.