16 de setembro de 2024 8:49 PM

Pontos turísticos em Chapada são fechados após incêndios na região

Até agora, a área atingida pelo incêndio soma mais de 10 mil hectares e 35 brigadistas atuam no combate às chamas.

Fotos: Christiano Antonucci - Secom - MT

Por g1 MT 

Quatro pontos turísticos em Chapada dos Guimarães, a 65 km de Cuiabá, tiveram que ser fechados para visitação por causa de incêndios que atingem a região, segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). O Parque Nacional da Chapada dos Guimarães é atingido por dois incêndios, ainda ativos, e os bombeiros preveem que os incêndios se encontrem nesta sexta-feira (6).

Segundo o chefe do Parque, Fernando Xavier, os pontos turísticos Véu de Noiva, Cachoeirinha, Circuitos das Cachoeiras e Morro São Jerônimo foram fechados.

Um dos incêndios teve início na região do Morro dos Ventos, em uma subestação elétrica. Já o outro teve origem na região do Coxipó de Ouro e as equipes combatem desde o dia 21 de agosto.

Até agora, a área atingida pelo incêndio originado do Coxipó do Ouro foi de 2,7 mil hectares, já a do incêndio que veio da subestação já atingiu 8,1 mil hectares.

Ao todo, 35 brigadistas do ICMBio atuam no combate aos incêndios, sendo que 12 foram contratados emergencialmente no início de setembro por conta de uma Medida Provisória que permite o aumento das equipes para os combates neste período de risco climático.

De acordo com o Ministério da Saúde, as orientações para evitar a exposição à fumaça intensa e neblina, causadas por queimadas são:

Aumentar a ingestão de água e líquidos ajuda a manter as membranas respiratórias úmidas e, assim, mais protegidas;
Reduzir ao máximo o tempo de exposição, permaneça dentro de casa, em local ventilado, com ar condicionado ou purificadores de ar;
As portas e as janelas devem permanecer fechadas durante os horários com elevadas concentrações de partículas, para reduzir a penetração da poluição externa;
Evitar atividades físicas em horários de elevadas concentrações de poluentes do ar, e entre 12 e 16 horas, quando as concentrações de ozônio são mais elevadas;
Uso de máscaras do tipo “cirúrgica”, pano, lenços ou bandanas pode reduzir a exposição às partículas grossas, especialmente para populações que residem próximas à fonte de emissão (focos de queimadas) e, portanto, melhoram o desconforto das vias aéreas superiores. Enquanto o uso de máscaras de modelos respiradores tipo N95, PFF2 ou P100 são adequadas para reduzir a inalação de partículas finas por toda a população;
Crianças menores de 5 anos, idosos maiores de 60 anos e gestantes devem redobrar a atenção para as recomendações descritas acima para a população em geral. Além disso, devem estar atentas a sintomas respiratórios ou outras ocorrências de saúde e buscar atendimento médico o mais rapidamente possível.

Queimadas

Com 24,8 mil focos de incêndios, Mato Grosso foi o estado do Brasil que mais queimou desde janeiro deste ano, conforme dados do Programa BDQueimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Somente em agosto, foram contabilizados mais de 13,6 mil focos, superando os números somados de janeiro a julho deste ano.

De acordo com o Inpe, o número de focos de incêndio registrados no período de 1º a 30 de agosto de 2024 foi o maior índice para este mês nos últimos dez anos no estado (veja no gráfico mais abaixo). O cenário se combina com uma estiagem severa, que também atinge outras partes do país na que já é maior seca da história, segundo o Cemaden.Na última sexta (30), o governo de Mato Grosso declarou situação de emergência no estado devido à seca e aos incêndios florestais que atingem diversas regiões do estado, especialmente o Pantanal.

De acordo com o levantamento do BDQueimadas, agosto também foi o 5° mês, neste ano, que Mato Grosso liderou a lista de estados com mais focos de incêndio. Dois brigadistas morreram, nos dias 22 e 26 de agosto, combatendo incêndios no estado.

1,6 milhão de hectares devastados pelo fogo

Com o alto índice de queimadas, Mato Grosso teve, somente no mês de agosto, mais de 1,6 milhão de hectares atingidos e devastados pelo fogo, segundo uma análise feita pelo Instituto Centro de Vida (ICV) com base nas pesquisas da Administração Nacional dos Estados Unidos de Aeronáutica e Espaço (Nasa).

No entanto, o acumulado do ano todo foi de aproximadamente 3 milhões de área atingida em todo o estado mato-grossense.

Em números, a Amazônia também é o bioma que mais queimou durante todo o ano em Mato Grosso. No entanto, especialistas afirmam que o bioma mais crítico é o Pantanal, pois as queimadas na área são difíceis de serem combatidas e se espalham muito rápido, podendo queimar uma grande área em pouco tempo.

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