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10 de dezembro de 2024 3:39 PM

Lista de presos por vandalismo em Brasília tem ao menos dez mato-grossenses

A reportagem identificou sete homens e três mulheres, que atuam como empresários no estado, em sua maioria. Bolsonaristas extremistas depredaram prédios da capital federal no domingo (8).

Kessillen Lopes | g1 MT

Levantamento feito pelo g1 identificou que pelo menos 10 presos durante o atentado terrorista às sedes dos Três Poderes, em Brasília, no último domingo (8), são de Mato Grosso – sete homens e três mulheres, que atuam como empresários, em sua maioria. A reportagem tenta contato com as defesas deles.

A lista com os nomes foi divulgada pelo governo do Distrito Federal nessa terça-feira (10).

Entre os mato-grossenses identificados, estão dois moradores de Cuiabá: a publicitária Simone Aparecida Tosato Dias, de 48 anos, e o empresário na área de instalação e manutenção elétrica Juvenal Alves Correa de Albuquerque, de 30 anos.

De Sorriso, no norte do estado, constam os empresários Edson Sicher Sabino, de 42 anos, Eduardo Cavanhol, de 29 anos, e Neli Ferronato Pelle, de 52 anos, dona de uma rede de fast food, também citados nos atentados à democracia cometidos por um grupo extremista apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro no fim de semana.

Outro detido no ato antidemocrático é o dono de uma empresa de manutenção de veículos de Campo Verde, a 139 km de Cuiabá, Jairo de Oliveira Costa, de 54 anos.

Outro mato-grossense citado na relação é Jean de Brito da Silva, 26 anos, natural de Sinop.

Também estão presos a administradora Alessandra Faria Rondon, de 39 anos, e o marido dela, Joelton Gusmão de Oliveira, de 45 anos. Ela é de Cuiabá, mas o casal vive em Vitória da Conquista, na Bahia, e aparece em vídeo dentro do Senado xingando representantes de Mato Grosso – entre eles, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro.

Ato terrorista em Brasília

O ataque às sedes dos Três Poderes e à democracia é sem precedentes na história do Brasil. Os terroristas quebraram vidraças e móveis, vandalizaram obras de arte e objetos históricos, invadiram gabinetes de autoridades, rasgaram documentos e roubaram armas.

O prejuízo ao patrimônio público está calculado em ao menos R$ 3 milhões apenas na Câmara dos Deputados, que junto com o Senado Federal compõe o Congresso Nacional. Até o fim da noite de segunda-feira (9), pelo menos 1,2 mil pessoas haviam sido presas.

Resumo dos ataques

Bolsonaristas terroristas invadiram e depredaram Palácio do Planalto, Congresso Nacional e STF. Veja fotos de quem participou da destruição.

O movimento golpista que ocorre há semanas em Brasília foi engrossado por dezenas de ônibus que chegaram no fim de semana.

Apesar disso, a PM do DF mantinha poucos homens no local e não conseguiu frear os terroristas. A polícia foi criticada e acusada de omissão.

Obras de arte e móveis foram quebrados no palácio presidencial. O plenário do STF ficou destruído.

Lula decretou intervenção federal para assumir a segurança do DF, e o governo pediu a prisão do bolsonarista Anderson Torres, que respondia pela segurança em Brasília.

O ministro do STF Alexandre de Moraes determinou o afastamento do governador Ibaneis Rocha (MDB) por, pelo menos, 90 dias. Quem assume o cargo é a vice, Celina Leão (PP).

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