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10 de dezembro de 2024 6:24 PM

Moraes manda soltar mais 80 homens envolvidos em atos golpistas

Das 1406 pessoas que continuaram presas após audiências de custódia, 522 permanecem na prisão. No dia dos ataques, golpistas invadiram e depredaram sedes dos Três Poderes.

Foto: Jane de Araújo/Agência SenadoFoto: Jane de Araújo/Agência Senado

Por Márcio Falcão e Fernanda Vivas, TV Globo

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta sexta-feira (10) a soltura de mais 80 homens denunciados pelos atos golpistas que resultaram na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro.

Ao todo, 1.406 pessoas envolvidas nos ataques continuaram presas após audiências de custódia. Após a decisão desta sexta, 522 permanecem na prisão: 440 homens e 82 mulheres. As demais foram liberadas por determinações anteriores do ministro.

A revogação das prisões foi determinada por Moraes após os detidos serem denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR), por delitos como incitação ao crime e associação criminosa.

Eles vão responder em liberdade e terão que cumprir medidas cautelares, como monitoramento eletrônico e recolhimento domiciliar noturno. Também estão proibidos de usar redes sociais.

Após os ataques, a PGR já denunciou 919 pessoas por incitação pública ao crime e associação criminosa, sendo que 219 responderão também por delitos mais graves, como dano qualificado, abolição violenta do estado de direito e golpe de estado.

Ataques em 8 de janeiro

Bolsonaristas radicais invadiram e depredaram o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto, sede da Presidência da República, em Brasília, no dia 8 de janeiro.

O ataque às sedes dos Três Poderes e à democracia foi sem precedentes na história do Brasil. Os terroristas quebraram vidraças e móveis, vandalizaram obras de arte e objetos históricos, invadiram gabinetes de autoridades, rasgaram documentos e roubaram armas. Ao todo, mais de 1,8 mil pessoas foram detidas.

Ainda em janeiro, a Polícia Federal (PF) iniciou uma operação, que ganhou o nome de Lesa Pátria, para identificar e investigar participantes e financiadores dos atos. A sétima fase da ação foi realizada no dia 7 de março. Investigadores cumpriram mandados de prisão e de busca e apreensão, no Paraná e em Minas Gerais.

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