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10 de dezembro de 2024 2:47 PM

Ministro fala em usar câmeras e drones para reforçar segurança de torres de energia

Alexandre Silveira (Minas e Energia) se reuniu com entidades do setor elétrico após o registro da derrubada de quatro torres desde o último dia 8; outras 12 foram danificadas.

Filipe Matoso e Jéssica Sant’Ana | g1

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou nesta terça-feira (17) que estuda instalar câmeras de segurança e utilizar drones para fazer a segurança de torres de transmissão de energia elétrica.

Silveira deu a declaração após ter participado de uma reunião com representantes das empresas do setor elétrico, da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

Segundo a Aneel, desde o último dia 8, quatro torres foram derrubadas (três em Rondônia e uma no Paraná).

Além disso, outras 12 ficaram danificadas (quatro no Paraná, duas em São Paulo e seis em Rondônia). Em todos os casos, não houve interrupção do fornecimento de energia.

Os ataques começaram no mesmo dia em que vândalos bolsonaristas radicais invadiram e depredaram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília.

“Esta reunião serviu para discutirmos questões fundamentais para a modernização da segurança do sistema de transmissão nacional. Há uma boa vontade muito grande de todos os ‘players’ do sistema, com implantação de videomonitoramento, com implantação de vigilância via drone e outros instrumentos muito modernos”, afirmou Silveira nesta terça.

De acordo com a Aneel, nem todas as torres danificadas sofreram ataques diretos de vandalismo. Isso porque, segundo a agência, algumas sofreram danos por consequência da queda das outras torres.

Aperfeiçoamento

Questionado se o atual modelo de segurança das torres é “falho”, Alexandre Silveira disse que não, mas que será preciso fazer um “aperfeiçoamento” para garantir que episódios como os registrados nos últimos dias não aconteçam mais.

O ministro de Minas e Energia disse que o momento atual reflete uma “oportunidade” para utilizar equipamentos mais modernos e que aumentem a segurança das torres.

“Estamos num momento, no Século XXI, de muitos instrumentos que são possíveis e nós vamos aproveitar esta oportunidade para poder instalá-los na questão da inteligência das próprias empresas para vigilância desse sistema, na questão de câmeras nas torres, na questão de uso de drones. Serão questões muito efetivas e modernas para que a gente possa ter o sistema preservado”, declarou.

Custos

De acordo com Alexandre Silveira, não houve prejuízo ao fornecimento de energia elétrica desde que as torres começaram a ser derrubadas.

O ministro acrescentou que os custos com os reparos das torres são arcados pelas transmissoras de energia, mas lembrou que as despesas do setor são custeadas pelo consumidor.

“Por enquanto, as empresas que fizeram a manutenção estão arcando com essas respostas rápidas”, afirmou.

“Quem paga todo o setor elétrico é o usuário de energia, portanto, todos nós brasileiros”, acrescentou.

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