1 de dezembro de 2024 2:09 PM

Governo melhora estimativa e prevê déficit de R$ 107,6 bilhões em 2023

Previsão anterior era de um déficit de R$ 230 bilhões. Melhora é explicada pelo aumento da Receita, segundo o governo.

Marcello Casal Jr | Agência Brasil

Por Ana Paula Castro, TV Globo — Brasília

Os ministérios do Planejamento e da Fazenda anunciaram nesta quarta-feira (22) que a estimativa de déficit primário para 2023 é de R$ 107,6 bilhões. A informação consta no relatório de receitas e despesas do orçamento deste ano.

O déficit primário considera que as despesas ficarão acima das receitas, mas não engloba o pagamento de juros da dívida pública.

O Orçamento de 2023 prevê um rombo de cerca de R$ 230 bilhões. A nova estimativa divulgada hoje, portanto, representa uma melhora no cenário das contas públicas.

Se confirmada a nova projeção, o déficit primário vai representar 1% do Produto Interno Bruto (PIB) – patamar que tem sido defendido pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Segundo o relatório, a melhora na projeção do resultado primário se deu em razão:

do aumento da previsão de receitas em R$ 110 bilhões;
da redução da previsão de despesas em R$ 10,6 bilhões (puxada, principalmente, pela queda de R$ 7 bilhões nos gastos com Bolsa Família).

O relatório de avaliação de receitas e despesas também aponta a necessidade ou não de bloqueio de recursos para cumprimento da regra do teto de gastos – pela qual a maior parte das despesas não pode subir acima da inflação do ano anterior.

De acordo com o documento divulgado hoje, há espaço no teto de gastos e não será preciso contingenciar recursos neste momento.

“No que tange ao teto de gastos, não temos excesso, pelo contrário, há espaço em relação a esse limite de R$ 13,6 bilhões”, afirmou o Secretário de Orçamento Federal, Paulo Bijos.

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