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10 de dezembro de 2024 6:35 PM

Congresso se prepara para votar decreto de intervenção no Distrito Federal

Intervenção foi determinada pelo presidente Lula no domingo (8) após polícia do Distrito Federal falhar em impedir vandalismo de bolsonaristas, que depredaram sedes dos três poderes.

Beatriz Borges e Elisa Clavery | g1

O Congresso Nacional se prepara nesta segunda-feira (9) para votar a intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal decretada pelo presidente, Luiz Inácio Lula da Silva.

A medida foi tomada no domingo (8) após apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro invadirem e vandalizarem o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF).

Lula e integrantes do governo federal e de outros poderes criticaram a atuação no episódio do governo e da polícia do DF, responsáveis pela segurança da Esplanada dos Ministérios, em Brasília.

O governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), foi afastado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

A Advocacia-Geral da União (AGU) pediu a prisão do agora ex-secretário de Segurança do DF, Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro.

Com a intervenção, a União assumirá as competências do Distrito Federal na área de segurança Pública até 31 de janeiro de 2023.

A medida começa a valer a partir do momento em que é decretada, mas precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional.

Votação no congresso

Segundo a Constituição Federal, caso o Congresso esteja em recesso, como é a situação atual, deve ser feita uma convocação extraordinária de sessão deliberativa, no prazo de 24 horas.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), fez a convocação na noite de domingo, horas após o presidente Lula decretar a intervenção na segurança pública do Distrito Federal.

Ainda não há, contudo, uma previsão para que a sessão ocorra. Isso porque perícias estão sendo feitas na Câmara e no Senado, após a depredação das duas Casas.

Para que continue a valer, a medida deve ser aprovada por maioria simples dos senadores e dos deputados, ou seja, maioria dos parlamentares que participarem da votação.

Reuniões

Uma reunião de líderes na residência Oficial do Senado está marcada para a manhã desta segunda-feira (9).

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), ainda não agendou um encontro com os líderes da Casa, mas a previsão é que isso ocorra durante a tarde desta segunda.

A expectativa do presidente interino do Congresso, Veneziano Vital do Rego (PTB-PB), é que a sessão seja semipresencial e ocorra até amanhã.

A lei estabelece ainda que, enquanto vigorar a intervenção federal, a Constituição não pode ser alterada. Ou seja, o Congresso não pode aprovar uma proposta de emenda à Constituição (PEC) enquanto durar a intervenção, prevista até o dia 31 de janeiro.

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