Por Redação Palanque MT
Os deputados estaduais de Mato Grosso expressaram forte oposição à construção de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) ao longo do rio Cuiabá, destacando preocupações sobre o impacto ambiental que esses empreendimentos poderiam causar na região. A declaração foi feita pelo presidente da Assembleia Legislativa do estado, Eduardo Botelho (União), em coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira, 20 de setembro.
Botelho afirmou que embora o estado possua um potencial energético significativo para a construção de PCHs, a Assembleia Legislativa está decidida a não permitir a construção de usinas hidrelétricas ao longo do rio Cuiabá. Ele enfatizou que essa ação prejudicaria ainda mais o rio, que já enfrenta desafios devido à degradação de suas nascentes e ao desmatamento na região.
“Isso vai prejudicar em muito o rio que já está cambaleando e se encontra em dificuldades por conta das nascentes e dos desmatamentos. A construção delas, no rio Cuiabá, traz impacto negativo ao Pantanal mato-grossense. Aqui, estamos fazendo gestão e vamos lutar até o fim para a não construção de usinas. Isso eu garanto”, afirmou Botelho.
O presidente da Assembleia Legislativa também destacou que existem atualmente 35 pedidos de outorgas para a construção de centrais hidrelétricas por empresas mato-grossenses na bacia do Alto Paraguai, que engloba o rio Cuiabá e a região do Pantanal. Ele explicou que esses pedidos são inicialmente encaminhados à Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema/MT) antes de chegar ao conhecimento do Parlamento estadual.
“No início, os pedidos são encaminhados para a Sema, e a Assembleia Legislativa não toma conhecimento. O Parlamento tem conhecimento quando o processo está na fase de execução. Vamos lutar até o fim para a não construção de usinas no rio Cuiabá”, ressaltou Botelho.